É o povo quem banca seus próprios verdugos e sob eles chora e sofre! |
Em um município, o
nosso, em que muito mais da metade a população apenas sobrevive, chamar os que
roubam o dinheiro da merenda escolar, da saúde, da assistência social e da infraestrutura
de ladrões é apenas elogiá-los.
Repito: em um
município com pouco menos de 140 mil habitantes, registrando uma pobreza acima de
80 mil pessoas, que se somam a 20 mil miseráveis, os governantes que roubam o
erário devem ser tratados por assassinos, homicidas, ou – talvez a melhor
definição: latrocidas – aqueles que matam suas vítimas depois de roubar. E é o
que de fato acontece. Crianças que não têm o que comer morrem de inanição ou de
doenças provocadas pela subnutrição.
Não são poucos,
também, os adolescentes que deixam as escolas porque lá não encontram um
ambiente saudável, com uma alimentação que os satisfaçam – caem no mundo, nas
drogas, nos crimes e, finalmente, no caixão de defunto. Não é só por isso, mas
é por isso, também.
Quanto à essa
gente podre, sem escrúpulo, que embolsa o dinheiro público, parco, escasso,
para viver de prazeres e orgias merece o destino dos grandes bandidos que se
encontram, hoje, nos presídios de segurança máxima.
Agora, quem são
eles? A Polícia Federal já indiciou vários acusados em nossa cidade pelo mesmo
crime: roubo do dinheiro público.
Mas se não há
julgamento, não há culpados.
Só vítimas: as
crianças e adolescentes que as estatísticas das mortes por assassinato não vão
contabilizar.
Os seus homicidas
não serão assim, jamais, identificados e ainda serão beneficiados pela
hipocrisia nossa de cada dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário