Poucas vezes a
condução governamental atrapalhou tanto os rumos de Eunápolis como nos dias
atuais.
A prefeitura está
à beira da insolvência para pagamentos de servidores e fornecedores, mas o
prefeito está cada vez mais adimplente com suas demandas pessoais. Isto
significa que Eunápolis tem uma prefeitura que está cada vez mais pobre e um
prefeito, que está cada vez mais rico.
Eunápolis declina
em seu desenvolvimento, em razão da insegurança que o governo Robério provoca e
do pesadelo de que ele possa prolongar-se por mais quatro anos. Esta é a
questão essencial: não havendo a possibilidade de reeleição, o povo estaria
muito mais tranquilo, mesmo que houvesse a possibilidade do atual prefeito
figurar-se como favorito e este não é o caso.
A insegurança
despertada pelo governo de Robério vem da incrível inépcia para acelerar os
investimentos em infraestrutura – que deveriam ter sido o motor de um novo
ciclo expansivo de desenvolvimento urbano -, seja diretamente, pelo
investimento governamental, seja mediante parcerias com a área privada.
Vem dos erros
cometidos a céu aberto, como no caso dos gastos exorbitantes e supérfluos para
realização da festa “junina” do Pedrão e transformação da prefeitura como
cabide de emprego e renda para parentes e aderentes parasitas.
Vem das
desorganizações, falta de planejamento e da mediocridade da gestão da
prefeitura. Vem da absoluta falta de políticas públicas focadas em priorizar
investimentos em áreas essenciais como saúde, educação, assistência social e
infraestrutura. E da corrupção, que este governo não inventou, mas consagrou.
Vem também da
percepção de ruindade geral, não só em relação à educação, assistência social e
infraestrutura: vale, por exemplo, no caso da saúde – talvez a área mais fraca
do governo Robério, que sua gestão faz questão de piorar, por incompetência e
opção preferencial pelas farsas e festas.
Vem da fraqueza
exposta da sua numerosa e onerosa equipe governamental, com gente que não
estaria habilitada a administrar secretarias, diretorias e coordenações.
Vem da percepção
de amadorismo político, em face da incapacidade de ministrar convencimento
popular sobre suas mazelas e negligencias.
Vem da incrível
fragilidade para lidar com as expectativas – tanto na forma como no conteúdo. A
fragilidade não está apenas no prefeito, que raramente consegue algo que faça
sentido e que tenha começo, meio e fim, com conteúdo e coerência. Há um
nivelamento por baixo que se espraia em todas as áreas da administração e aí
está a origem de rejeição a que Robério está submetido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário