terça-feira, 23 de julho de 2019

EUNÁPOLIS ENTRE A FLOR E O ESPINHO


As disputas nem sempre são difíceis de serem discernidas!
Algo em torno de 70 mil eleitores de Eunápolis, já devem estar analisando argumentos, ponderando prós e contras e tentando dar algum sentido à decisão que terão de tomar no próximo ano, quando a urna eletrônica perguntar sobre qual sua candidatura favorita para governar a cidade.
Essa pode ser uma decisão fácil para alguns, mas boa parte do eleitorado muda de opinião ao longo da corrida eleitoral e só consegue chegar a uma conclusão nas últimas horas (quando não minutos) antes de enfrentar a urna.
Muitas pessoas em Eunápolis estão se debruçado sobre essas diferenças de comportamentos para tentar entender o que motiva o voto nesse contexto. Afinal, o que sabemos sobre como essa decisão é feita?
A psicologia social hoje entende o ato de votar como um dilema informacional, e uma maneira de entender esse dilema é criando categorias para certos tipos de comportamento.
Imagine a seguinte situação: você precisa confiar em um determinado amigo para escolher o filme que vocês vão assistir no cinema. No seu rol de opções, há três tipos de amigos: um que tem o gosto parecido com o seu, mas talvez não esteja muito bem informado sobre quais filmes estão em cartaz; outro que sabe tudo sobre cinema e leu todas as resenhas, mas não parece ter o gosto igual ao seu; e ainda um terceiro sobre o qual você não sabe muito bem o gosto nem o quanto bem informado está, mas que já escolheu um filme ótimo em uma ocasião passada. Essa analogia ajuda a entender o dilema que o eleitor enfrenta na hora de eleger um candidato.
Os eleitores podem ser classificados com base nesses três tipos de escolha.
Há quem prefira votar em quem partilha as mesmas opiniões políticas ou ideológicas – normalmente, são os que já decidem em quem votar no começo da corrida, com base, por exemplo, no partido.
Outros eleitores preferem dar seu voto em quem acham que será mais capaz de administrar a cidade – uma pergunta cuja resposta não só varia de pessoa para pessoa, mas que pode mudar ao longo da campanha. E há os que decidem de acordo com o que sabem do passado dos candidatos – e que, por isso, também estão sujeitos a mudar de opinião no decorrer dos debates eleitorais. Essas três categorias, no entanto, são apenas abstrações. Elas contribuem para a interpretação do fenômeno do voto, mas nem sempre as pessoas se encaixam perfeitamente dentro de uma – ou nem os candidatos tem o perfil exato para incentivar um determinado tipo de escolha.
O fato é que existem os que votam de acordo com o seu julgamento sobre quem seria o melhor candidato e os que votam por outras circunstâncias, como amizade ou interesse. Mas, há também a inconsistência característica dos seres humanos, em casos de duplicidade de comportamento em um mesmo indivíduo, que se comporta diferentemente conforme sejam os candidatos ou cargos em eleição.

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