Algo em torno de
70 mil eleitores de Eunápolis, já devem estar analisando argumentos, ponderando
prós e contras e tentando dar algum sentido à decisão que terão de tomar no
próximo ano, quando a urna eletrônica perguntar sobre qual sua candidatura favorita
para governar a cidade.
Essa pode ser uma
decisão fácil para alguns, mas boa parte do eleitorado muda de opinião ao longo
da corrida eleitoral e só consegue chegar a uma conclusão nas últimas horas
(quando não minutos) antes de enfrentar a urna.
Muitas pessoas em
Eunápolis estão se debruçado sobre essas diferenças de comportamentos para
tentar entender o que motiva o voto nesse contexto. Afinal, o que sabemos sobre
como essa decisão é feita?
A psicologia
social hoje entende o ato de votar como um dilema informacional, e uma maneira
de entender esse dilema é criando categorias para certos tipos de
comportamento.
Imagine a seguinte
situação: você precisa confiar em um determinado amigo para escolher o filme
que vocês vão assistir no cinema. No seu rol de opções, há três tipos de
amigos: um que tem o gosto parecido com o seu, mas talvez não esteja muito bem
informado sobre quais filmes estão em cartaz; outro que sabe tudo sobre cinema
e leu todas as resenhas, mas não parece ter o gosto igual ao seu; e ainda um
terceiro sobre o qual você não sabe muito bem o gosto nem o quanto bem
informado está, mas que já escolheu um filme ótimo em uma ocasião passada. Essa
analogia ajuda a entender o dilema que o eleitor enfrenta na hora de eleger um candidato.
Os eleitores podem
ser classificados com base nesses três tipos de escolha.
Há quem prefira
votar em quem partilha as mesmas opiniões políticas ou ideológicas –
normalmente, são os que já decidem em quem votar no começo da corrida, com
base, por exemplo, no partido.
Outros eleitores
preferem dar seu voto em quem acham que será mais capaz de administrar a cidade
– uma pergunta cuja resposta não só varia de pessoa para pessoa, mas que pode
mudar ao longo da campanha. E há os que decidem de acordo com o que sabem do
passado dos candidatos – e que, por isso, também estão sujeitos a mudar de
opinião no decorrer dos debates eleitorais. Essas três categorias, no entanto,
são apenas abstrações. Elas contribuem para a interpretação do fenômeno do
voto, mas nem sempre as pessoas se encaixam perfeitamente dentro de uma – ou
nem os candidatos tem o perfil exato para incentivar um determinado tipo de
escolha.
O fato é que
existem os que votam de acordo com o seu julgamento sobre quem seria o melhor
candidato e os que votam por outras circunstâncias, como amizade ou interesse.
Mas, há também a inconsistência característica dos seres humanos, em casos de
duplicidade de comportamento em um mesmo indivíduo, que se comporta
diferentemente conforme sejam os candidatos ou cargos em eleição.
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