Foi no mínimo estranha a contratação pela prefeitura de Eunápolis, de uma empresa de Teixeira de Freitas (em plena disputa de reeleição e ascensão dos números de infectados pelo vírus do Covid-19), para realizar obras de asfaltamentos pelo absurdo valor de R$ 23.3 milhões, em detrimento à necessidade de investimento no combate ao Covid-19 e amparo as suas vítimas.
Tanto dinheiro em jogo foi de se deixar com a pulga atrás da orelha. Pelo menos foi assim que
os vereadores Arthur Dapé (DEM), Jurandir Leite (PP) e Jota Batista (PV) se sentiram com relação a este contrato com a empresa teixeirense. Não entrando no debate quanto à qualidade do serviço da empresa, ou necessidade de asfalto na cidade, mas fato é que é justíssimo, diria até salutar, que os recursos fossem aplicados, prioritariamente, no enfrentamento à pandemia da covid-19. As ruas de Eunápolis estavam e
permanecem esburacadas, isso é fato, mas o governo municipal não podia preterir
saúde por infraestrutura. Asfaltamento de suas ruas, não contentaram familiares
de pessoas que morreram de Covid-19, por falta de equipamentos, medicamentos,
médicos e leitos de UTI.
A
Saúde pública poderá entrar em colapso se a próxima prefeita Cordélia Torres
(DEM), não agir para resolver rápido, esse legado dramático que receberá no
início do seu governo.
Em um momento como esse de pandemia, todo investimento de recursos públicos deve ser pontual. A situação é crítica, requer um desempenho de excelência, indefectível na execução dos gastos públicos. Se as medidas da Prefeitura não forem dotadas desse grau de primor para combater o novo coronavírus, o preço a pagar serão vidas, muitas vidas.
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