Quando
situações como essa ocorrida num hipermercado, ou em qualquer outro lugar, onde
uma discussão leva à morte, escancarando a banalização da vida, todos nós,
independente da raça, cor ou convicção política, temos que parar e pensar, ou
talvez pensar e parar! Por todos os ângulos que possam ser analisados o triste
fato ocorrido, não tem justificativa, que dirá aceitação! Mas, é necessário
buscar entender o todo, para que nunca mais se repita!
Não pode haver regra ou exceção tolerada quando pessoas perdem a
vida de forma violenta! Trabalhei na formação de policiais em uma das áreas mais sensíveis, o dessistema (pois, sistema nos leva a pensar algo organizado) penitenciário, onde, rompendo com a “tradição violenta”, busquei à exaustão o binômio – utilização progressiva da força (e suas consequências) e direitos humanos, entre outras formas de humanização dos servidores, promovendo capacitação com responsabilidade!Mesmo
que se prove que a prevenção à violência é, no mínimo 18 vezes mais econômica
do que outras formas de combate à violência e à criminalidade, além de
diferenciar que a prevenção é investimento e combate é custo, o governo cede e
gasta mais no combate (e gasta mal) que na prevenção ou na precaução (medida
anterior à prevenção que visa a evitar um mal). Umas das melhores formas de
evitarmos situações trágicas, é investir na capacitação, no treinamento
rigoroso e permanente dos agentes da área da segurança pública e privada. Deve
ser ensinado e treinado as diferentes formas de conter a violência e suas
consequências pelo excesso.
Mas,
infelizmente, a capacitação, o treinamento e o aprimoramento, na ordem de
cortes por parte dos governos, são sempre os primeiros. Porém, fica evidente
que a falta destes, são os mais caros, pois cobram a manutenção da vida.
Afirmo, se houvesse o interesse de se investir na qualificação e treinamento permanente, esse bárbaro assassinato poderia ser evitado. O governo busca responsabilizar os envolvidos diretos, e só eles, tirando de si a sua responsabilidade. O João perdeu a vida. A família, perdeu o João. A sociedade foi desrespeitada. E continua sendo, no momento em que se noticia, de modo preconceituoso, que a vítima tinha antecedentes criminais. Um trágico fato carregado de preconceito e imperícia desde o ato e até os discursos. Perdemos todos nós! Por João Eduardo Reymunde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário