Poucos candidatos
a vereador em Eunápolis, além do ativista social, Zé Carlos dos Taxistas, estão
tão preparados, para bem representar os eunapolitanos e para melhor qualificar
e dignificar a Câmara Municipal.
Doutor Fulano,
Delegado Beltrano, Sicrano da Ambulância. É com um cardápio bem variado de
“profissões” que o eunapolitano está se deparando no pleito deste ano, ao
escolher o candidato a vereador.
Tática bastante usada nos bairros de periferia, onde é comum os moradores se conhecerem pela atividade que desempenham ou pelo negócio que mantêm, o uso do “currículo” junto ao nome não é um fenômeno novo em Eunápolis. Mas parece ganhar força em um cenário político extremamente polarizado, onde determinadas chancelas, como a de pastor ou policial, podem despertar uma empatia quase que automática em parte do eleitorado e a
repulsa de outra parcela dos cidadãos. Numa
campanha sem corpo a corpo, cheia de limitações impostas pela pandemia, fazer
da “profissão” o cartão de visitas também pode ter um peso maior do que em
outros anos devido a uma situação absolutamente inusitada: a Covid-19. Talvez
numa tentativa de aproveitar o reconhecimento da população aos profissionais de
saúde este ano, médicos e enfermeiros fazem questão de se apresentarem heróis e
heroínas da saúde pública.
Mas, num universo
de centenas de candidatos, é claro que outras ocupações também terão vez. Tem
os professores, o rapaz do salão, o do hot dog, despachante, cantora e até
pizzaiolo.
O que diz muito
sobre o que se espera de uma democracia, onde ao menos em teoria o povo governa
para o povo e, por isso, só os inalistáveis (o que inclui os presos) e os
analfabetos não podem se candidatar. Para você que ainda não escolheu seu vereador,
o pedido é que se atenha mais às propostas do que às alcunhas. E faça do voto
verdadeiramente sua forma de tentar melhorar Eunápolis.
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