sábado, 15 de agosto de 2020

O PANDEMÔNIO DA PANDEMIA NA PERIFERIA!

Entre o velho e o jovem, morre o pobre!

Não há dúvida de que a infecção pelo novo coronavírus mata mais na periferia do que em bairros nobres das cidades brasileiras. Entre os motivos está o menor acesso aos serviços de saúde nessas áreas e a maior exposição ao risco da população residente nas áreas menos desenvolvidas da capital.

O novo coronavírus chegou
ao Brasil com a classe média alta, em suas viagens ao exterior, mas se espalhou mesmo entre as classes mais pobres. Entre a população jovem e adulta, o Covid-19 mata até três vezes mais nos bairros menos desenvolvidos, considerando a taxa de mortalidade, ou seja, o número de óbitos ponderando pelo número de habitantes.
Essas diferenças podem estar relacionadas ao menor acesso aos serviços de saúde nas áreas menos desenvolvidas e à maior exposição ao risco da população residente nessas áreas. Além disso, chama atenção também o menor número de testagem da população residente em áreas menos desenvolvidas quando comparada com a população residente em bairros nobres. Há necessidade de mais dados, de maior transparência e de um olhar para a desigualdade socioeconômica.
O fato é que a expansão da pandemia de Covid-19 pelas favelas, periferias e interiores do Brasil escancarou a perversa desigualdade social e econômica entre as classes sociais, naturalizada e aceita por grande parte da sociedade e das instituições do Estado. Isso representa uma barreira às recomendações de higiene básica, distanciamento físico e permanência em casa.
É preciso mais do que oferecer serviços de saúde para essas pessoas durante a pandemia.
É preciso haver ações integradas com as áreas de moradia e assistência social.

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