Entre
o velho e o jovem, morre o pobre!
Não há dúvida de que a infecção pelo novo coronavírus mata mais na periferia do que em bairros nobres das cidades brasileiras. Entre os motivos está o menor acesso aos serviços de saúde nessas áreas e a maior exposição ao risco da população residente nas áreas menos desenvolvidas da capital.
O novo
coronavírus chegou
ao Brasil com a classe média alta, em suas viagens ao
exterior, mas se espalhou mesmo entre as classes mais pobres. Entre a população
jovem e adulta, o Covid-19 mata até três vezes mais nos bairros menos
desenvolvidos, considerando a taxa de mortalidade, ou seja, o número de óbitos
ponderando pelo número de habitantes.
Essas diferenças
podem estar relacionadas ao menor acesso aos serviços de saúde nas áreas menos
desenvolvidas e à maior exposição ao risco da população residente nessas áreas.
Além disso, chama atenção também o menor número de testagem da população
residente em áreas menos desenvolvidas quando comparada com a população
residente em bairros nobres. Há necessidade de mais dados, de maior
transparência e de um olhar para a desigualdade socioeconômica.
O fato é que a
expansão da pandemia de Covid-19 pelas favelas, periferias e interiores do
Brasil escancarou a perversa desigualdade social e econômica entre as classes
sociais, naturalizada e aceita por grande parte da sociedade e das instituições
do Estado. Isso representa uma barreira às recomendações de higiene básica,
distanciamento físico e permanência em casa.
É preciso mais
do que oferecer serviços de saúde para essas pessoas durante a pandemia.
É preciso haver
ações integradas com as áreas de moradia e assistência social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário