Algumas das mulheres
que vieram a óbito em nossa cidade, não tiveram acesso a um leito de UTI. Esse
retrato reflete não só as falhas de acesso e de assistência do sistema de
saúde, mas problemas socioeconômicos e estigmas que afetam esse grupo.
Os índices de mortalidade materna são fundamentais para avaliar a qualidade da saúde de
uma cidade, pois o início da vida deve ser muito bem acompanhado desde o pré-natal. Mas o coronavírus expôs que os recursos hoje são insuficientes; o atendimento desarticulado e o acesso da mulher é difícil, frágil, principalmente, quando a mulher é moradora de bairro da periferia de Eunápolis..Não faz sentido
que a cidadã precise sair da sua cidade de origem para buscar todo e qualquer
tipo de atendimento em outra cidade. O Hospital Regional de Eunápolis, por
exemplo, tem uma excelente equipe e pode se tornar referência em diversas
áreas, mas precisa de um maior aporte de investimentos.
No
contexto da atenção para as demandas femininas, sugiro que os vereadores criem uma
Frente Parlamentar da Saúde da Mulher, cujo objetivo é dar voz para mulheres de
todas as idades, em suas mais diferentes necessidades. Com a pandemia, ficou
claro que esse espaço de debate é vital para buscar a garantia de atendimento
ágil, adequado e humanizado.
A intenção
não é criar novas políticas públicas, mas fazer valer aquilo que já existe, é
garantir a efetividade das leis. Afinal, esse é um direito da mulher e um dever
da secretaria de saúde, que impacta diretamente nas famílias eunapolitanas.
Se nossas
mulheres adoecem ou morrem, perdemos todos: os filhos, os companheiros e a
sociedade. Por isso, como comunicador e ativista social, insisto em dizer que a
saúde da mulher deve ser prioridade na gestão pública!
Logo teremos uma mulher mãe, prefeita de Eunápolis e este fato nos faz acreditar, que nossa cidade será humanista para mulheres e a população em geral. E que assim seja! Amém.
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