O
presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, reafirmou há pouco durante
evento online que discute a integridade da companhia o compromisso com a
tolerância zero no combate à corrupção. Ele disse que a corrupção é um dos
piores males que pode existir na sociedade, trazendo efeitos devastadores e
restringindo a entrada de novas empresas em negócios.
“Essa prática desestimula a inovação e a
produtividade ao mesmo tempo em que estimula as conexões secretas que possibilitam ganhos ilícitos”, afirmou acrescentando que a corrupção aumenta a desigualdade de renda e afeta os mais pobres, já que os recursos em educação e saúde são prejudicados.Na
cerimônia de abertura, que contou com a participação do ministro do Supremo
Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto
Barroso, Castello Branco disse que a companhia foi no passado vítima de um
assalto criminoso de uma organização criminosa e completou dizendo que de 2015
a 2019 a empresa pagou US$ 70 bilhões de dívidas e US$ 37 bilhões de juros pela
combinação da corrupção e má gestão dos seus administradores.
“Pagamos
US$ 70 bilhões de dívidas e US$ 37 bilhões de juros, o que significa US$ 107
bilhões, uma verdadeira fortuna, pela combinação de corrupção com má gestão. As
duas coisas andam de mãos dadas. A corrupção é um crime hediondo e acaba com a
legitimidade do governo levando a democracia a descrença”, disse.
Sobre
o momento atual da empresa, Castello Branco afirmou que a integridade da
Petrobras tem trazido uma série de benefícios como mitigação de riscos,
reconquista da imagem, maior segurança no processo rescisório e maior
competitividade. Segundo ele, o sistema de compliance tem sido aperfeiçoado e
espera-se agora alcançar padrão das melhores empresas globais no menor espaço
de tempo.
Andrea
Marques de Almeida, diretora financeira, disse que agora a eficiência pode ser
mostrada com os números da empresa e ponderou sobre a geração de caixa nos
últimos resultados. “É impressionante o que vemos de evolução em relação ao ano
passado”. Segundo ela, a geração operacional da Petrobrás foi 80% acima da
média das principais empresas da indústria.
“Temos entregue tudo o que prometemos, inclusive a redução de dívida. É um número expressivo, maior do que muitas outras grandes empresas no Brasil vem entregando. Nosso custo médio de dívida vem caindo há algum tempo. Nesse ano emitimos um papel de dívida de 10 anos com o menor custo histórico ao nível de 4,4% em dólar. Isso mostra a eficiência que conseguimos atingir com todos remando do mesmo lado”, afirmou.
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