Dormir
e acordar, quase todos os dias, sendo bombardeado com notícias escabrosas é uma
rotina mais que natural para o povo eunapolitano. Seja qual for o setor deste município,
se fizer uma simples investigação, vai encontrar algo errado e a corrupção é o
quesito mais certo de estar presente.
A
Operação Fraternos da Polícia Federal (PF), nos mostrou números exorbitantes do
quanto somos roubados dia a dia por governantes inescrupulosos.
Se fizéssemos um pente fino em todos os setores e conseguíssemos apurar todas as movimentações nos 16 anos de gestões do atual prefeito de Eunápolis, Robério Oliveira (PSD), com certeza, teríamos uma cifra que saiu dos cofres públicos por meio da corrupção que
daria para nos sustentar nos próximos 100 anos.A Polícia Federal e o Ministério Público estão incansáveis em suas investigações, e, ao mesmo tempo que nos dá a sensação de estarmos passando Eunápolis a limpo, dá uma descrença total de
que algo possa mudar, pois ora o prefeito é penalizado, ora é liberado para governar e até ser candidato a reeleição. Claro que precisamos acreditar que dias melhores virão, mas a revolta é muito grande.Não
temos dinheiro para a saúde, educação, moradia, mobilidade urbano, projetos
sociais e programas de capacitação profissional; geração de emprego e renda. Ou
seja, para nada, mas para beneficiar o prefeito, seus parentes e aderentes,
temos milhões.
As
denuncias envolvendo os Fraternos, além de mostrar a covardia desses governantes,
também nos mostra o cinismo dessa gente.
Pode
qualquer pessoa tentar marcar uma reunião com o prefeito para pedir algum
patrocínio para o esporte, cultura, educação ou qualquer projeto social, que a
conversa será a mesma: “Estamos em crise”, “não temos como patrocinar isso ou
aquilo”, “o período não é favorável”… e por aí vai. Claro que não tem e nunca
terá.
O
dinheiro que os Fraternos poderiam investir em algo promissor para Eunápolis, é
gasto com financiamento de campanhas de apaniguados (Larissa 2018); com compras
de mansões, carrões... Se essas cifras voltassem para os cofres públicos, se
tirássemos todos os benefícios absurdos que os Fraternos surrupiam mês a mês,
se acabássemos com cargos que não servem para patavinas, a não ser para cooptar
parasitas e pelegos da oposição, não há dúvidas de que Eunápolis não estaria
com postos de Saúde sem equipamentos, médicos e medicamentos.
Chega-se à conclusão, portanto, que somos uma cidade riquíssima, mas devastada pela corrupção.
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