quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

VEREADOR CAPACHO É UM ESCULACHO À CÂMARA

Vereador que tá mamando, mama demais... mas logo não mamará mais!
Eunápolis tem um grupo de uns quatorze vereadores, que ainda não sabe que cabe a ele mostrar os problemas da comunidade e buscar providências junto aos órgãos competentes. Mas não é só isso. Cabe-lhe também a função de fiscalizar as contas do Poder Executivo Municipal e do próprio Legislativo.
Um dos pré-requisitos básicos da democracia é a existência de um Poder Legislativo forte e realmente independente. Sem isso, a democracia é deficiente, capenga.
Em Eunápolis, as leis que falam claramente em “poderes independentes e harmônicos entre si”, estão distantes de se tronarem realidade. Lamentavelmente, as contradições começam quando temos parlamentares, em sua maioria, subserviente e fiéis aos interesses políticos e econômicos do prefeito Robério Oliveira (Fraterno).
Em especial, o que acontece na Câmara Municipal de Eunpólis, é vergonhoso. O prefeito detêm a maioria dos vereadores os quais mantêm com um “empreguinho” para a esposa, primo, cabo eleitoral, um benefício aqui, outro ali… e assim, o vereador fica cada vez mais distante do verdadeiro papel que lhe cabe como representante do povo, passando a ser apenas mais um encabrestado, marionete, mequetrefe, boneco de ventríloquo, office-boy e puxa-saco do alcaide.
Cabe à população esclarecida, exercer bem o seu direito de escolha, quando chamada às urnas para indicar sua representação. É muito comum ouvir: “vereador não serve para nada”. Cabe ao vereador, expor os problemas da comunidade e buscar providências junto aos órgãos competentes. Mas não é só isso. Cabe-lhe também a função de fiscalizar as contas da prefeitura, os atos do Prefeito, denunciando o que estiver ilegal ou imoral à população e aos órgãos competentes. Portanto, o vereador é o fiscal do dinheiro público. E aqui fica a pergunta: será que o vereador que presta apoio político incondicional ao Prefeito em troca de “benefícios” pessoais, exercerá livremente a função de fiscalizá-lo? Não. E é isso que acontece com a maioria dos nossos vereadores em Eunápolis. Isso precisa ser mudado.
Vereador deve ser independente, atuante, polêmico, e deve sempre ter a coragem de concordar com o que considerar certo e discordar do que considerar que esteja errado. Deve agir com conhecimento e desarmado de ódios ou rancores. É isso que a população deve observar e cobrar de seus representantes. Aliás, a população precisa freqüentar as reuniões do Legislativo Municipal, para saber como estão se comportando os “representantes do povo”. Também é válido lembrar que pela estrutura social e pobreza da população, ao vereador é sempre cobrada a função de assistente social. Isso vem de longe. São os costumes “coronelísticos” que persistem, como herança política da República Velha. Infelizmente, devido à realidade de pobreza da maioria do nosso povo, ainda se pensa assim, o que torna desfigurada a ação política. Essa mentalidade tanto compromete o eleitor, vítima maior, por falta de educação política, quanto ao vereador, que não dispondo de condições materiais para solucionar os problemas do seu eleitorado, obriga-se ao cabresto do Prefeito. Mas, tanto no caso do eleitor como do vereador, predomina-se a escassez de educação política.
Precisamos de vereadores atuantes, dispostos a romperem com os costumes persistentes de subserviência e vício. O vereador deve agir sem apego a benefícios pecuniários. Ele deve usar, com disposição, a prerrogativa de denunciar possíveis fraudes envolvendo dinheiro público, sobretudo pela tendência descentralizadora existente, pois recursos estão indo direto para as mãos dos Prefeitos, como é o caso do Ensino Fundamental e da saúde.
Vereador consciente contribui efetivamente para o desenvolvimento humano de Eunápolis, ajudando o povo a pensar e se organizar.

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