quarta-feira, 6 de novembro de 2019

ROBÉRIO COMO REI DE CABRAS CALADAS

O "Rei" e seu "Primeiro Ministro", ainda não perceberam que
o reinado deles está fadado ao fracasso e logo desmoronará!
Imagine uma cidade bem distante onde o prefeito, como se fosse um rei, se esforça para ganhar a admiração dos seus súditos.
Não mede esforços em divulgar as realizações do seu governo.
Quer deixar o seu nome na história do município, pelo menos não sair pela porta dos fundos.
Com muita pompa, junta a população na praça e, com ajuda de seus assessores e lacaios, faz um discurso que inebria a todos.
Anuncia que fará grandes obras. Que a cidade terá asfalto para pavimentar todas as ruas e outras muitas promessas.
Bravata e esbraveja que foi quem mais construiu escolas, postos médicos e que não há ninguém mais honesto do que ele em seu reinado.
Com tantas realizações em tão pouco tempo, o rei se coloca como o homem que sozinho, sem dispor de um tostão dos impostos pagos pela população, mudou a face do reino.
Diante de tantas notícias boas e favoráveis o que ele espera dos súditos é que vivam felizes para sempre.
Para isso precisa esconder os números ruins do seu reinado.
Contrata os mais fantásticos manipuladores de números e opiniões. Ainda assim, a realidade insiste em desmenti-lo.
Um a cada quatro súditos não consegue emprego e as lojas e fabricas fecham suas portas. As filas dos postos de saúde são imensas e a qualidade do ensino ruim. 
Por mais impostos que os súditos paguem não são capazes de saciar a fome de uma máquina governamental imensa a que o povo chama de saco sem fundo.
Os súditos ficaram sem saber em quem acreditar. Se na palavra do rei anunciada com pompa, circunstância e clarins, ou nas notícias divulgadas.
Como pode o reino viver as duas realidades ao mesmo tempo? Uma delas só pode ser fruto da fantasia. O reino se dividiu entre os que proclamavam a volta do crescimento, da bonança, dos bons tempos e os que insistiam em dizer que tudo está insustentável e o reino vive em uma crise sem precedentes.
Depois de árduos debates nas praças, mercados, estrebarias, assentamentos, pocilgas e estábulos, chegaram à conclusão que uns veem o copo meio cheio e outros meio vazio. Otimistas versos pessimistas.
Diante da persistência do impasse apelaram para um Velho Bruxo Lourenço.
Depois de algum tempo de reflexão ele disse que havia uma terceira visão sobre o copo. A questão não era discutir a quantidade de líquido. Se ele estivesse cheio de um veneno mortal, mesmo tendo sido esvaziado na metade, a outro metade continuava perigosa. Beber o copo cheio ou apenas metade dele certamente provocariam o mesmo resultado. Ou o povo se rebela, ou terá que permanecer bebendo do veneno do rei, ou comendo o pão que Robério amassou!

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