Não há futuro para um país que não prioriza a educação fundamental |
Desde quando eu era criancinha ouço a expressão "Brasil, um país do futuro" e há mais de meio século, testemunho o sobe-e-desce de fracassos e avanços na tentativa de melhorar o amanhã. Mas poucas vezes houve oportunidade de mudança tão concreta como agora, com a conscientização crescente sobre o papel da educação de qualidade para o sucesso do cidadão e do "país do futuro", especialmente na fase da vida mais decisiva, a Primeira Infância.
À medida em que a ciência avança e o conhecimento aumenta, cai por terra a visão da creche que só abriga o filho enquanto a mãe trabalha. O futuro depende muito mais de investimentos na primeira infância do que se poderia imaginar. Eles são decisivos para todos os passos seguintes da escolaridade, que determina taxas de produtividade, renda, violência e outros indicativos de desenvolvimento socioeconômico e de qualidade de vida.
A neurociência já revelou que, até os quatro anos, a criança desenvolve mais da metade do potencial mental do adulto. Se isso não for suficiente para convencer governos e famílias de que não há dinheiro mais bem gasto, há o fato de que, para cada um real investido na Educação Infantil de qualidade, o país deixa de gastar 16 vezes mais com doença, pobreza e criminalidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário