Candidatos "puxadores de votos", estão sendo assediados por propostas milionárias, além de altos cargos na prefeitura, hospitais e escolas! |
Nem entramos no
ano das eleições e as articulações, contratações, cooptações e arregimentações
de candidatos venais ao cargo de vereador, está em plena atividade e a agitação
faz cifras superarem os três dígitos de cédulas de cem reais.
O círculo político
já sabe de lideranças cooptadas das hordas das oposições, ao preço de mais de
30 mil reais em três parcelas de igual valor. Mas há quem tem recebido muito
mais que isto; além de cargos na prefeitura, Congresso Nacional, Câmara Municipal
e Hospital Particular, subvencionado por verbas públicas.
Tratada como
grande novidade para a eleição do ano que vem o fim das coligações
proporcionais, ou seja, a impossibilidade de partidos se unirem para eleger
vereadores tem movimentado os bastidores da política de Eunápolis, que buscam
líderes comunitários que possam lá na frente “fisgar” o eleitor em suas bases.
Em meio a um
cenário de descrédito da classe política, a palavra de ordem dos “caciques”
partidários é montar uma chapa forte, capaz de atrair o eunapolitano para a
urna e mais do que isso angariar o máximo de votos. Neste sentido, isso tem
movimentado o tabuleiro político local, com a procura de novas figuras para ir
às urnas.
Mas, o fim das
coligações, que passa a valer em 2020 não é algo que esteja fora da “conta” dos
políticos. Isso porque, sua regulamentação ocorreu no ano de 2017 em meio à
discussão da chamada Cláusula de Barreira ou Desempenho aos partidos - que já
valeu ano passado -, e, portanto, as legendas tiveram tempo para se adequar a
mudança.
A expectativa é de
que fique mais difícil eleger um vereador em Eunápolis. Mas, em nossa análise,
não será bem assim. Apesar do discurso de que isso deve melhorar a democracia,
a medida deve privilegiar os grandes partidos, em detrimento dos que possuem
estruturas menores.
Para vereadores,
principalmente, vai ficar mais difícil sem a possibilidade de coligação. Os
partidos pequenos vão acabar elegendo um ou dois cargos, dependendo do quanto
seus dirigentes conseguirão arregimentar de candidatos proporcionais,
obviamente. Porque vão acabar colocando muita gente para trabalhar, um monte de
candidato que não vão chegar e será eleito o primeiro da lista. Praticamente a
eleição de um só.
Segundo a Lei das
Eleições, a temporada de caça dos partidos termina apenas seis meses antes da
eleição, que é quando aqueles que querem se candidatar devem ter o domicílio
eleitoral regularizado, além da filiação partidária deferida pela legenda
escolhida.
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