Ser educado é algo que vem de berço
Fui à padaria comprar pão e na hora de pagar só havia um caixa atendendo, a fila aumentou e decidiram abrir outro caixa.
A atendente
gritou: “Próximo!”.
Eu era o próximo
da fila, mas não me atentei, de imediato, que o grito era para mim.
Ela gritou de
novo: “Próximo!”.
Aí, diante do
grito estridente, fui em direção ao caixa aberto, mas um homem, que na fila
original estava atrás de mim, saiu em disparada e, incorporando o “espírito de
porco”, me ultrapassou, chegando ao caixa primeiro do que eu.
Cheguei ao caixa
e reclamei com o indivíduo, que se surpreendeu com a minha atitude, dizendo:
“Se você quiser pode passar na minha frente.”. Pensei na hora: “Se eu quiser?!
O direito era meu, eu estava na frente desse sujeito.”. Prontamente respondi:
“É claro que eu quero, pois estava na sua frente!”. Mas, a caixa, aquela que só
ficava gritando, disse: “Agora eu já comecei a passar a compra dele e não tem
como cancelar.”.
Moral da
história: Reclamei pelo direito de ser atendido na ordem em que havia chegado à
fila, mas, meu direito foi violado por um homem sem educação e por uma atendente
sem treinamento adequado.
Saí dali como o
pior dos derrotados, porque meu direito havia sido arrancado de mim.
Fiquei
indignado, pensando que há tantos investimentos sendo feitos para a realização
de “Pedrões” e outros eventos festivos... mas investimentos na área de
educação, que é a base para a formação de um povo idôneo, comprometido com a
justiça e, acima de tudo, ciente de seus direitos, não são feitos. No entanto,
como isso aconteceu em um bairro nobre de Eunápolis, também refleti que é
preciso muito mais do que investimentos em educação para mudar as atitudes de
um povo. Afinal, educação vem de berço e é desse tipo de educação que Eunápolis
também está carente.
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