Os políticos são belos e agradáveis como borboletas numa eleição. Mas depois de eleitos, são repugnantes e asquerosos como lagartas! |
A transformação de
um lagarto em borboleta é de exemplar riqueza poética e estética.
O lagarto é feio,
a borboleta bonita; o lagarto se arrasta sobre o próprio ventre, a borboleta
esvoaça livre; o lagarto se esconde, a borboleta domina o cenário com sua
irrequieta presença.
Mas o lagarto e a
borboleta não têm escolha: aquela não pode deixar de evoluir; esta não pode
regredir. Já o homem e a mulher nascem como obras-primas do Criador, mas têm a
faculdade de eleger para si mesmos o destino dos lagartos.
E creio que nunca
como nestes tempos tais escolhas se fizeram de modo tão radical; jamais, para
inteiro descrédito da borboleta, se exaltou tanto a lagarto que existe em nós!
A virtude é
varrida para baixo dos tapetes e as degradações exibidas no alto dos telhados.
Dezenas de
centenas e milhares de eleitores se dirigem às urnas eletrônicas para votar (e
alguns pagam para fazer isso em tempo integral) a fatuidade e a inutilidade de
um grupo de indivíduos tolos fazendo e dizendo nada que preste, com o
despautério de promessas que não podem ser cumpridas.
É a notoriedade
dos lagartos.
A mentira é outra
das muitas faces dessa metamorfose às avessas.
Políticos Fichas
Sujas se apoderam de cargos públicos; os “chapados” da ignorância elegem e
reelegem seus cabeças de pitus.
Cédulas de 20 e 50
reais levam multidões de pessoas aos atos de campanha, berrando músicas e
clichês que são um hino à caretice das borboletas.
Muitos lagartos se
elegeram e não se transformaram em borboletas e sim em larvas asquerosas,
repugnantes e degeneradas.
Todavia, não
existe neste país, nenhum prefeito e nenhum vereador, que esteja ocupando cargo
público, que não tenha sido votado e eleito.
Este fato requer
que reflitamos somos a forma com que cuidamos dos nossos lagartos e borboletas!
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