Quanto mais há corrupção, mais o povo sofre judiação! |
Os recursos que
são drenados por propinodutos, construídos no submundo do poder pela
cumplicidade de espertalhões que, sem pudor, não distinguem o público do
privado.
É bem verdade que
a corrupção não é exclusividade de Eunápolis e Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália
estão aí para não nos permitir equívocos. Mas ela vem compondo, cada vez mais,
a agenda de instituições defensoras da transparência e que repudiam o malfeito.
O Ministério Público ocupa boa parte das suas atividades em investigações,
processos e pedidos de condenações decorrentes das mazelas que ocorrem em Eunápolis.
Mesmo não sendo
uma delinquência de natureza eunapolitana, é possível verificar indícios que
refletem um viés histórico na ação dessas quadrilhas de luxo e de agentes
fraternos com a corrupção.
A realidade da
nossa história recente demonstra que os cofres públicos municipais, arruinaram-se
rapidamente pelo compadrio entre seus governantes e uma casta de beneficiários.
Ao destrinchar
fatos escabrosos deste período de gestões de Eunápolis e Porto Seguro e Santa
Cruz Cabralia, revela-se a prática da “caixinha” e percentuais de propinas nas
transações com dinheiro público.
Ao rebuscar o fato
da Máfia dos Fraternos, que usaram empresas de familiares para simular licitações e
desviar dinheiro de contratos públicos, em prejuízo ao povo de Eunápolis, de
mais de 200 milhões de reais, conclui-se que havia sistematização de uma
cobrança de uma espécie de “taxa de retorno” de 10 a 20% sobre todos os
pagamentos ou saques dos recursos públicos. E se o credor não fizesse tal
desembolso, o processo submergia na cafua das repartições.
A corrupção escandalosa
em Eunápolis, sobretudo, contribui para aumentar o custeio dos serviços da
prefeitura, empobrecimento da população e diminuição da capacidade de fomento para
captação de investimentos privados e geração de emprego e renda.
É fácil explicar
as razões pelas quais os gestores desses municípios entrariam na história como
ícones de negociatas e enriquecimento ilícito: de seus comandos saem os
contratos, as compras, o conforto e todos os benefícios que sustentavam as
centenas de seus comparsas, parentes e aderentes.
Estes possuem
tudo.
O povo nada!
Corrupção, enfim,
se combate com consciência e politização do cidadão e aumento do controle
social, além de imprensa livre, funcionamento e aperfeiçoamento das
instituições responsáveis pela fiscalização.
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