É habitual em eleições, muitos eleitores insatisfeitos, sem saber muito bem o que fazer, ou em quem votar, entre a cruz e a espada e para não votar nulo, eleger o “menos pior”.
Votar no “menos
pior” é lavar as mãos e escolher o caminho e solução mais cômodos. Mas na
maioria dos casos, votar no “menos pior” pode implicar também na aceitação ao
que está aí estabelecido. Pois o “menos pior” significa o mais do mesmo, com
uma pitada menor de corrupção, ou corrupção mais disfarçada ou até mesmo, a
corrupção mais tolerada
Convivemos há tanto
tempo com a corrupção e a sangria dos cofres públicos, que passamos a dar nossa
anuência e consentimento a desvios e descalabros desde que venha “mascarado”
com uma política pretensamente social, ou que privilegie nosso campo de
atuação, nosso estado, nossa cidade, ou nosso bairro. Justificando no final das
contas com aquela velha conversa, são todos iguais mesmo!
Praticamente todos
os governos, desde o federal até o municipal, lotearam seus ministérios,
secretarias para privilegiar os conchavos. E por melhor que seja a vontade
desse governo, ele não se mete nesses lotes.
Este feudo
distribuído aos “parceiros políticos” é regido conforme as vontades pessoais,
ou de grupos, ou até mesmo dos partidos, que raramente usam a pasta para
benefício popular, se usam, geralmente é para ações populistas pontuais que
amealharão uns “par de votos” nas eleições.
Ao votarmos no
“menos pior” estamos dando a consentimento a esta prática.
A mudança no
cenário político é imprescindível pra quebrar esta apatia social, gerada pela
falta de opção. Pois continuando do jeito que está, a corrupção ganhará mais
força.
E não venham com
esta história que agora a corrupção aparece por causa da imprensa, ou da
transparência, aparece por causa disso também, mas aparece mais porque nunca
num governo municipal a corrupção foi tão escancarada e um prefeito foi tão, descaradamente,
corrupto!
Um basta a isso
precisa vir do povo, de um povo esclarecido que saiba que seu voto no “menos
pior” continuará a dar asas e força a corrupção. Irrigando este sistema de uma
forma que se alastre ainda mais, se é que isso é possível!
Esta corrupção é
um câncer que aumenta mais em mais sua metástase chegando a órgãos ainda
sadios. Lembrando que sempre que há este mal generalizado, a morte surge com
muito sofrimento para o paciente. Pois é meus caros, um povo que elege
corruptos não tem direito de reclamar da corrução! Enquanto não mudarmos esta
apatia arraigada em todos nós, não terá voto que será capaz de promover uma
efetiva mudança ética.
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